terça-feira, 15 de janeiro de 2008


"A ordem social da droga, servida pelo regime proibicionista, sempre esteve
sujeita a um questionamento reflexivo e prático. Os temas que têm servido para a
sua contestação circulam pela questão ontológica das relações Estado/indivíduo, por
problemáticas ligadas aos direitos e liberdades individuais, pelos problemas de
justiça social, até às avaliações da sua racionalidade sistémica (Mitchell, 1990;
Caballero, 1992; Husak, 1992; Nadelmann, 1992; Bayer e Oppenheimer, 1993).
Porém, poder-se-á localizar na experiência da agencialidade humana a fonte primordial da crise de legitimação que atingiu o regime da droga nesta viragem de século. A extensão das práticas de uso de narcóticos que hoje se integram
endemicamente nas sociedades contemporâneas (Ehrenberg, 1995; Parker et al.,
1998) representa uma “desobediência” social que explica a crescente reflexão crítica
em relação ao regime proibicionista, e as micro-mudanças que este próprio tem
introduzido no sentido de se preservar com uma maior flexibilidade."

um texto arrojado de artur valentim, que nos leva a reflectir sociologicamente sobre a droga.

Um comentário:

Mota disse...

professora a frequencia foi o descalabro...:( amanha temos a nota... venho aqui dar noticias

abraço