sábado, 23 de fevereiro de 2008


Ao definir os problemas socais como doenças, teremos que os considerar sob o olhar da medicalização . Tudo poderá ser alvo de prescrição médica, deixando para segundo plano todo o resto que diz respeito à vontade e liberdade do indivíduo. De facto funciona porque o alivia da culpabilidade ou do peso da vergonha que estas "doenças" trazem consigo, mas ao mesmo tempo inibe-o de qualquer responsabilidade no tratamento: é uma questão de "cura" e isso diz respeito aos peritos e suas prescrições.

Deixa-nos com um problema em mãos: então e a prevenção como é feita? Se a adição está no foro da biologia médica, como poderemos fazer uma prevenção eficaz?


(Ora, Reinarman no seu artigo faz uma descrição histórica do conceito de adição como doença e diz:


"Levine’s classic article, ‘‘The Discovery of Addiction’’ (1978), documents the emergence
in the Western world of a discursive formation in which the self was understood in a new
way, an understanding that began to emerge in the U.S. only at the end of the 18th century.
Before this, Levine shows, drunks were assumed to have a will, to have the capacity to make
choices; they did not have a disease which robbed them of volition, they just loved drink
too much.")

2 comentários:

Anônimo disse...
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